sábado, 12 de julho de 2014

VIRGEM

Virgem
Poema de Sebastião da Gama

P'lo teu corpo-carícia, nu,
p'lo teu corpo macio como penas...
de andorinha,
passei os dedos leves ...

E o teu corpo vibrou, na vibração
plena de ritmo
de uma rosa que rompe do botão.
Vibrou de tal maneira que, por fim,
não são já meus dedos p'lo teu peito
eu via,
mas, sim,
gozava a sensação de que media
aquele verso perfeito
por que vim ...
( in Itinerário Paralelo )

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