quarta-feira, 30 de julho de 2014

CABO DA BOA ESPERANÇA

Cabo da Boa Esperança
Poema de Sebastião da Gama

A vela rasgou-se em fitas.
E quando ao mais. desde o casco
até à ponta dos mastros,
o fundo do Mar que o diga .

Cá por mim, passei o cabo.
Cheguei aonde o Destino
desde sempre me chamava.
Se estou sem pinga de sangue
depois de tantos naufrágios,
se arribei são ou doente,
se tenho os ossos partidos,
é melhor não pergunte-lo .

Basta saber que cheguei
e que é de lá que vos falo .

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