sexta-feira, 18 de julho de 2014
CAMINHO
Caminho
Poema de Sebastião da Gama
Minhas carnes, gulosas de martírio,
os golpes de meu Anjo as retalharam ;...
Duas feridas ignóbeis se escancaram
onde o Anjo cevou o seu Delírio .
Mas são mais perfumadas do que um lírio ...
E os meus lábios sedentos as seguram
e elas e o seu sangue já me acharam
a voz, qua a Deus se eleva como um círio.
Ora o sangue esgotou-se e a voz morreu.
Pobres golpes a medo ! ...
- Vá ! Tomar
meu corpo, ó Anjo !, em chagas de onde , quente,
jorre o meu sangue em rio para o Céu !
Quero é nele beber 'té me afogar,
e arrastar-me , afogado , na corrente .
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Parece uma premonição do Poeta que , uma dia o Demo , disfarçado em Anjo , lhe queira agora sugar o sangue . Mas quem se vai afogar na corrente da ganância , será o tal " Anjo" , que enganou o poeta , com seu disfarce ...
ResponderEliminarFoi uma Premonição . Nunca Amaram o Homem , doente , tuberculoso , que podia contagiar . Ele Amou " (,,,) virgens , que morreram virgens por mim ,,, "
ResponderEliminarE morreram virgens !