sábado, 12 de julho de 2014

POETA

Poeta
Poema de Sebastião da Gama
1
Era nas suas mãos que terminavam
as coisas infinitas e as finitas. ...
Por isso as suas mãos eram abismos
aonde se perdia o Pensamento.

2
Tudo ganhou sentido num momento...
Água mansa com choupos reflectidos,
teu olhar descansava no do Poeta;
e a poesia das coisas sem Poesia,
que no olhar do Poeta dormitava,
de súbito nas coisas acordava
— tão natural, tão íntima, tão própria,
como se fora delas que nascera...

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