Pasmo
Poema de Sebastião da Gama
Nessas noites de morna calmaria
em que o Mar se não mexe e o Arvoredo...
não murmura, pedindo o Sol mais cedo,
que o resguarde da fria Ventania,
em que a Lua boceja, se embacia,
a as palavras estagnam, no ar quedo,
noites podres - até chego a ter medo
de me volver também Monotonia.
E então sinto vontade de atirar
meu corpo bruto e nu contra o espanto
da Noite , a ver se o quebro e vibro, enfim ;
cair no lago e acordar
os cisnes que adormecem de quebranto ...
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..
Mas só caio afinal, dentro de mim . .
Poema de Sebastião da Gama
Nessas noites de morna calmaria
em que o Mar se não mexe e o Arvoredo...
não murmura, pedindo o Sol mais cedo,
que o resguarde da fria Ventania,
em que a Lua boceja, se embacia,
a as palavras estagnam, no ar quedo,
noites podres - até chego a ter medo
de me volver também Monotonia.
E então sinto vontade de atirar
meu corpo bruto e nu contra o espanto
da Noite , a ver se o quebro e vibro, enfim ;
cair no lago e acordar
os cisnes que adormecem de quebranto ...
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..
Mas só caio afinal, dentro de mim . .
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