Versos para eu dizer de joelhos
Poema de Sebastião da Gama
Ó meu país do Sol !
Pressentimento...
da claridade celeste !
Ó fonte de Pureza !
Ó minha
Serra toda pintada de Esperança
e debruada de azul !
Reveladora maga
dos meus cinco sentidos, criadora
de aqueles que eu não tinha e tenho agora !
Ó minha outra Mãe .
que, num leito de flores e sorrisos ,
me deste à luz de seda das Estrelas !
( Tuas carícias, Mãe !,
são os sonos que durmo, deslumbrados
e mansos, como dormidos
por meninos pequenos )
Ó Serra aonde a cor
é luz extasiada ! :
aonde a Primavera, quando chega,
já se encontra a si própria a esperar-se !
Ó minha amante sempre virgem
e sempre desejosa de meu corpo !
Ó palavra de Deus a exprimir-se
pelas bocas ingénuas das estevas !
Minha pomba da Paz !
Ó toda perfumada
do corpo de Agostinho !
Ó sorriso do Mar !, ó búzio longo
que prolongas a grande voz salgada !
Ó bordão
dos que já vinham cansados !
Nossa Senhora
desses a quem o Mundo deixou vincos
na alma !
Donzelinha saudosa que não sabe
se tem saudades do Céu,
se as tem de si !
Ó Serra aonde as noites
são camisas puríssimas de Noiva
e os crepúsculos são primeiros-beijos !
Pátria do mês de Maio !
Madrugada
do Dia que há-de vir p'la mão da Morte !
-Eu não quero cantar-te, minha Amante,
Minha Mãe, minha Irmã, minha Senhora :
eu só quero entender-te toda a vida
como te entendo, Serra ! , nesta hora .
Poema de Sebastião da Gama
Ó meu país do Sol !
Pressentimento...
da claridade celeste !
Ó fonte de Pureza !
Ó minha
Serra toda pintada de Esperança
e debruada de azul !
Reveladora maga
dos meus cinco sentidos, criadora
de aqueles que eu não tinha e tenho agora !
Ó minha outra Mãe .
que, num leito de flores e sorrisos ,
me deste à luz de seda das Estrelas !
( Tuas carícias, Mãe !,
são os sonos que durmo, deslumbrados
e mansos, como dormidos
por meninos pequenos )
Ó Serra aonde a cor
é luz extasiada ! :
aonde a Primavera, quando chega,
já se encontra a si própria a esperar-se !
Ó minha amante sempre virgem
e sempre desejosa de meu corpo !
Ó palavra de Deus a exprimir-se
pelas bocas ingénuas das estevas !
Minha pomba da Paz !
Ó toda perfumada
do corpo de Agostinho !
Ó sorriso do Mar !, ó búzio longo
que prolongas a grande voz salgada !
Ó bordão
dos que já vinham cansados !
Nossa Senhora
desses a quem o Mundo deixou vincos
na alma !
Donzelinha saudosa que não sabe
se tem saudades do Céu,
se as tem de si !
Ó Serra aonde as noites
são camisas puríssimas de Noiva
e os crepúsculos são primeiros-beijos !
Pátria do mês de Maio !
Madrugada
do Dia que há-de vir p'la mão da Morte !
-Eu não quero cantar-te, minha Amante,
Minha Mãe, minha Irmã, minha Senhora :
eu só quero entender-te toda a vida
como te entendo, Serra ! , nesta hora .
Sem comentários:
Enviar um comentário