ELEGIA PARA A MINHA CAMPA
Poema de Sebastião da Gama
Agora, só,
que é o meu corpo terra confundida...
na terra desta Serra minha Mãe;
agora, só,
a minha voz que sempre cantou mal
ao Céu se eleva...
Agora, só,
que no ventre da Serra minha mãe repousa
meu corpo de Poeta,
de Poeta mudo em vida, por ausente
do ventre maternal os nove meses;
agora, só, claríssima se eleva
a minha voz-louvor,
a minha voz-carícia a minha Mãe,
ao Céu...
Agora, só,
que os meus lábios são terra de onde nascem
as moitas de folhado e de alecrim,
a minha voz saudosa de cantar
se elevará
até aonde o Céu tem cor e fim.
Se elevará a minha voz, perfume
desprendido, suavíssimo, dos matos
que surgiram de mim...
Agora, só,
que sou terra na terra misturada,
que a minha voz é voz de rosmaninho,
eu poderei tratar por tu
a meu Irmão Frei Agostinho...
Agora, só, a meu Irmão,
que comigo nasceu naquele Dia
em que ao Céu se entregou,
ébria de Sol e Maresia,
nossa Mãe Serra...
Poema de Sebastião da Gama
Agora, só,
que é o meu corpo terra confundida...
na terra desta Serra minha Mãe;
agora, só,
a minha voz que sempre cantou mal
ao Céu se eleva...
Agora, só,
que no ventre da Serra minha mãe repousa
meu corpo de Poeta,
de Poeta mudo em vida, por ausente
do ventre maternal os nove meses;
agora, só, claríssima se eleva
a minha voz-louvor,
a minha voz-carícia a minha Mãe,
ao Céu...
Agora, só,
que os meus lábios são terra de onde nascem
as moitas de folhado e de alecrim,
a minha voz saudosa de cantar
se elevará
até aonde o Céu tem cor e fim.
Se elevará a minha voz, perfume
desprendido, suavíssimo, dos matos
que surgiram de mim...
Agora, só,
que sou terra na terra misturada,
que a minha voz é voz de rosmaninho,
eu poderei tratar por tu
a meu Irmão Frei Agostinho...
Agora, só, a meu Irmão,
que comigo nasceu naquele Dia
em que ao Céu se entregou,
ébria de Sol e Maresia,
nossa Mãe Serra...
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