quarta-feira, 30 de julho de 2014

NOCTURNO SEGUNDO

Nocturno Segundo

Nem a sombra das passadas
quanto mais o rasto delas !
( No Céu ficaram Estrelas...
mas foi das suas dedadas )

Noite ! que quando mais morta
mais é a vida que tens ,
por onde será que vens
por que estrada e por que porta ?

Por onde foi que desceste
que não deixaste sinal
e o teu corpo de vestal
nos braços nus me puseste .

( um braço tinha- no chão.
O outro rentinho ao Céu .
A Noite se recolheu
inteira neste desvão . )

Mas que perguntas te faço !
Que sem razões que te digo !
Basta que durmas comigo
no ninho do meu abraço ,

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