Naufrágio
Poema de Sebastião da Gama
Não era por mal ...
A onde que vinha...
não vinha por mal.
Mas veio, mas veio ...
E logo a barquinha
partiu pelo meio.
Nem homens, nem velas.
- Quanto a bordo ia,
com fé abalara,
morreu já sem ela.
Mas, se a onda veio,
não veio por mal :
era irmã daquela
que chegou à praia,
que embala barquinhos,
de meninos pobres.
Os meninos brincam.
Navegam em barcos
feitos de cortiça,
feitos de jornal.
Quase à mesma hora,
longe, os pais naufragaram
sem nenhuma ajuda .
Mas não é por mal ...
Poema de Sebastião da Gama
Não era por mal ...
A onde que vinha...
não vinha por mal.
Mas veio, mas veio ...
E logo a barquinha
partiu pelo meio.
Nem homens, nem velas.
- Quanto a bordo ia,
com fé abalara,
morreu já sem ela.
Mas, se a onda veio,
não veio por mal :
era irmã daquela
que chegou à praia,
que embala barquinhos,
de meninos pobres.
Os meninos brincam.
Navegam em barcos
feitos de cortiça,
feitos de jornal.
Quase à mesma hora,
longe, os pais naufragaram
sem nenhuma ajuda .
Mas não é por mal ...
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