Versos da Menina Morta
Poema de Sebastião da Gama
Entre as flores, sorri ...
Já não se vê , as flores....
Já não se pode colher.
Já não as sente, sequer,
a cobrirem o seu vestido branco
mas sorri .
Não era Mãe, não era ...
Aqueles passos leves, leves,
aquelas mãos suavíssimas poisadas
na testa da menina,
eram da Morte , eram da Morte ...
Não era a Mãe, não era ...
(« Ai dorme ... dorme » )
Não era a Mãe, não era ...
Mas a menina doente, que não via
nem ouvia
senão p'lo coração,
julgou que fosse a Mãe
que entrava assim de manso
no seu quarto branco ...
E a menina sorriu ...
( Eram da Morte os passos ...
Eram da Morte, eram da Morte as mãos
que lhe poisavam, meigas, sobre a testa ...
« Ai dorme ... dorme » )
E a Menina, sorrindo adormeceu ...
Dorme , sorrindo, entre açucenas
que sorriem também
e vão também adormecer sorrindo ...
Poema de Sebastião da Gama
Entre as flores, sorri ...
Já não se vê , as flores....
Já não se pode colher.
Já não as sente, sequer,
a cobrirem o seu vestido branco
mas sorri .
Não era Mãe, não era ...
Aqueles passos leves, leves,
aquelas mãos suavíssimas poisadas
na testa da menina,
eram da Morte , eram da Morte ...
Não era a Mãe, não era ...
(« Ai dorme ... dorme » )
Não era a Mãe, não era ...
Mas a menina doente, que não via
nem ouvia
senão p'lo coração,
julgou que fosse a Mãe
que entrava assim de manso
no seu quarto branco ...
E a menina sorriu ...
( Eram da Morte os passos ...
Eram da Morte, eram da Morte as mãos
que lhe poisavam, meigas, sobre a testa ...
« Ai dorme ... dorme » )
E a Menina, sorrindo adormeceu ...
Dorme , sorrindo, entre açucenas
que sorriem também
e vão também adormecer sorrindo ...
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