Versos quase tristes
Poema de Sebastião da Gama
Trago no sangue o mistério
daquele resto de estrada ...
que não andei ...
E era talvez ali
que eu ia ser feliz ;
ali
que viriam as Fadas pra contar-me
os contos lindos de Princesas
e de Palácio
e de Florestas
que ficaram por contar ,
ali que havia de abrir-se
o tal jardim
com flores que nunca morrem
ou se morrem. há-de ser
na pujança da frescura ,
por medo de envelhecer ...
Mas não passei além daquela curva ...
O meu alento
já dobrou o joelho e desistiu .
E eu sei tão bem que há Glória que me chama
e que tudo que digo aqui, ou faço,
é só arremedar , adivinhar,
o que, para lá da curva que não passo,
havia de fazer ou de dizer "
E eu sei tão bem
que sem tomar nas mãos a Glória apetecida
me não contento ! ...
- Porque é que tu és só pressentimento,
minha Vida ?
Poema de Sebastião da Gama
Trago no sangue o mistério
daquele resto de estrada ...
que não andei ...
E era talvez ali
que eu ia ser feliz ;
ali
que viriam as Fadas pra contar-me
os contos lindos de Princesas
e de Palácio
e de Florestas
que ficaram por contar ,
ali que havia de abrir-se
o tal jardim
com flores que nunca morrem
ou se morrem. há-de ser
na pujança da frescura ,
por medo de envelhecer ...
Mas não passei além daquela curva ...
O meu alento
já dobrou o joelho e desistiu .
E eu sei tão bem que há Glória que me chama
e que tudo que digo aqui, ou faço,
é só arremedar , adivinhar,
o que, para lá da curva que não passo,
havia de fazer ou de dizer "
E eu sei tão bem
que sem tomar nas mãos a Glória apetecida
me não contento ! ...
- Porque é que tu és só pressentimento,
minha Vida ?
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