Caravela
Poema de Sebastião da Gama
Não sabe já, perdida caravela,
não sabe a minha voz o que demanda. ...
(Será talvez sem rumo andar perdida…)
Ainda bem, que assim não chega nunca;
a virgem ansiedade da partida
lhe anima a toda a hora a vela panda.
Chegar? P’ra quê, se era descer as velas
E era baixar o ferro, era parar?...
Antes errar, inciente de que lado
ficam agora as águas percorridas
e de que lado o Mar por navegar.
Caravela perdida, minha voz,
eia! Retumba o ar de teus acentos!
Pinta com tua cor todos os ventos!
Rompe!, vibra!, estremece! __ Ah! minha voz!,
e não quebres o ritmo, e não intentes
perguntar por que cantas, porque cantas
Poema de Sebastião da Gama
Não sabe já, perdida caravela,
não sabe a minha voz o que demanda. ...
(Será talvez sem rumo andar perdida…)
Ainda bem, que assim não chega nunca;
a virgem ansiedade da partida
lhe anima a toda a hora a vela panda.
Chegar? P’ra quê, se era descer as velas
E era baixar o ferro, era parar?...
Antes errar, inciente de que lado
ficam agora as águas percorridas
e de que lado o Mar por navegar.
Caravela perdida, minha voz,
eia! Retumba o ar de teus acentos!
Pinta com tua cor todos os ventos!
Rompe!, vibra!, estremece! __ Ah! minha voz!,
e não quebres o ritmo, e não intentes
perguntar por que cantas, porque cantas
Sem comentários:
Enviar um comentário