JANELAS DE ESTREMOZ
Poema de Sebastião da Gama
Janela fechada,
cortina corrida......
Nem flor a perfuma,
nem moça a enfeita.
- : Ninguém se lhe assoma.
Janela tão triste,
nem ao Sol aberta...
Em toda a cidade
se repete a história
mil vezes; mil vezes,
se olhares a janela
ou desta ou daquela
casinha caiada,
a vês divorciada
do Sol e de tudo
que graça lhe dera.
Há vinte janelas
na casa da esquina?
- Na rua de cá
dez estão fechadas;
outras dez fechadas
na rua de lá.
Ah! tão retraídas!
Ah! tão agressivas!
Que pessoas vivas
foi que as condenaram?
Ó janelas mudas,
pobres prisioneiras!,
que pessoas vivas,
por que expiação,
vivem na prisão
em que vos meteram?
- sem sol que as aquente...
sem flor que as alegre...
Janela cerrada,
cortina descida...
Mocinha escondida
por trás da janela
- quanto mais não vale
a rosa encarnada
que a rosa amarela!...
Poema de Sebastião da Gama
Janela fechada,
cortina corrida......
Nem flor a perfuma,
nem moça a enfeita.
- : Ninguém se lhe assoma.
Janela tão triste,
nem ao Sol aberta...
Em toda a cidade
se repete a história
mil vezes; mil vezes,
se olhares a janela
ou desta ou daquela
casinha caiada,
a vês divorciada
do Sol e de tudo
que graça lhe dera.
Há vinte janelas
na casa da esquina?
- Na rua de cá
dez estão fechadas;
outras dez fechadas
na rua de lá.
Ah! tão retraídas!
Ah! tão agressivas!
Que pessoas vivas
foi que as condenaram?
Ó janelas mudas,
pobres prisioneiras!,
que pessoas vivas,
por que expiação,
vivem na prisão
em que vos meteram?
- sem sol que as aquente...
sem flor que as alegre...
Janela cerrada,
cortina descida...
Mocinha escondida
por trás da janela
- quanto mais não vale
a rosa encarnada
que a rosa amarela!...
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