quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

SONETO DO TEMPO PERDIDO


Soneto do Tempo Perdido
Poema de Sebastião da Gama

Passo às vezes os dias distraído
de mim, vou ao café, vou conversar,...
e não paro um segundo a escutar
o que terá cá dentro acontecido .

Vivo a vida dos outros, esquecido
de que o meu Fado é mais do que passar.
Ah ! bem sei que vim para contar
a minha alma plena de sentido !

Muito me dói o que fugi então ! ...
- Pra mim próprio me pus costas-voltadas,
e, tudo que em mim foi, foi tudo em vão.

Quanta coisa foi quase pequenina
( e surgira pra ser das celebradas )
só por eu ter burlado a minha Sina !



Sem comentários:

Enviar um comentário