Crepuscular
Poema de Sebastião da Gama
Já não são horas, meu Amor...
A hora...
passou
em que era grato a gente amar.
É um querer de Irmão este de agora.
Nem a Tarde
é já o cravo rubro de inda há pouco:
é um murmúrio quase... um lírio inexistente
dulcificando as coisas, perfumando-as
de carinhos...
Não é a hora, Amor.
Agora
deixa sorrir em nós a peregrina
ternura da Paisagem.
Não desprendas as mãos
das minhas...
Abandona-as, mas castas como berços...
E beija-me na testa...
Quando a Noite
mansa vier vindo,
Amor, beija de manso a minha testa...
De manso, meu Amor...
Como se o lírio da Tarde se fechasse...
Sebastião da Gama
Poema de Sebastião da Gama
Já não são horas, meu Amor...
A hora...
passou
em que era grato a gente amar.
É um querer de Irmão este de agora.
Nem a Tarde
é já o cravo rubro de inda há pouco:
é um murmúrio quase... um lírio inexistente
dulcificando as coisas, perfumando-as
de carinhos...
Não é a hora, Amor.
Agora
deixa sorrir em nós a peregrina
ternura da Paisagem.
Não desprendas as mãos
das minhas...
Abandona-as, mas castas como berços...
E beija-me na testa...
Quando a Noite
mansa vier vindo,
Amor, beija de manso a minha testa...
De manso, meu Amor...
Como se o lírio da Tarde se fechasse...
Sebastião da Gama
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